quarta-feira, 31 de março de 2010

Fotos do ensaio geral do Fogaréu

O Profeta e as mulheres de Jerusalém louvam o Cristo


                                             Jesus ensinando seus discípulos
                                                    Simeão recebe a promessa da vinda do Messias


                                                    Durante a Santa Ceia Jesus anuncia a traição 
                                           Jesus chora no monte das Oliveiras



                                             Os demônios se levantam para atormentar Jesus


                                               Jesus é amparado pelos anjos


                                               Jesus é rodeado por anjos

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mostra de Teatro em Caxias

Em comemoração ao Dia Internacional do Teatro, o SESC de Caxias organizou uma mostra com apresentações de grupos e pessoas da cidade que desenvolvem trabalhos na área.

Estiveram no palco a Cia. Performance, com os atores Bispo Jr, Tati Rabelo e Carliana Oliveira, apresentando esquetes variadas, além dos já conhecidos jogos do espetáculo “Improvisando”, encenado em três outras edições pelo grupo. Os atores envolveram o público não só através do riso em conjunto, mas diretamente, convidando-os a participar com eles no próprio palco.
Outras apresentações na linha da comédia também foram realizadas por atores que participam das oficinas do SESC. Preta (Josenilda Brito) juntamente com mais duas atrizes mostrou ao público duas esquetes humorísticas.



O Grupo Viv’arte, de direção de Luís Carlos, apresentou uma proposta inovadora para a cidade. Com uma encenação abstrata e com um texto poético, os atores falaram do papel do artista e da própria existência humana. Vestidos de preto e com os rostos pintados de branco, eles derramaram um texto denso para os olhos atentos, enquanto se prendiam uns aos outros, através de um pano que os encobria.

Embora a comemoração tenha sido um tanto simples, em comparação a outros lugares, onde o teatro já possui as raízes firmadas, a Mostra de Teatro não deixou passar em branco essa data importante. O teatro em Caxias ainda é muito pouco valorizado, pois não existe incentivo nem das instituições culturais que deveriam ser responsáveis, tampouco os empresários da região se interessam em patrocinar eventos culturais e artísticos.

Ainda há muito que se alcançar em relação a isso em Caxias, mas os grupos continuam na luta, não deixando de contar com a esperança, que ainda persiste nos artistas.

                             Thania Klycia.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Léo Barata e sua boca grande


A Revista Binóculo não é um blog de política, mas vou abrir um parêntesis para comentar uma determinada situação que tem incomodado em Caxias.
Quem não ficou sabendo da ousadia do vereador Léo Barata em denunciar algumas atitudes da Secretária Sílvia Carvalho? As palavras que o jovem político proferiu são comentários que se ouve com frequência pela cidade e não era novidade para ninguém. O que ninguém esperava era vê-los na boca de um vereador.
Pois bem, nesta terra de puxas-saco de plantão, alguém teve coragem, ao menos uma vez, de falar a verdade. O que Léo fez foi dizer o que muitos professores tinham vontade e não podiam. Uns dizem que fez isso devido a um interesse pessoal, mas a verdade é que fez e está feito.
O que se percebeu em seguida, no entanto, foi o cerco se fechando para Barata. Se, inicialmente, contava com o apoio de alguns colegas da nobre Câmara - que talvez tenham tido as orelhas puxadas -  em seguida Léo Barata se viu sozinho em sua indignação, com direito até mesmo a uma manifestação explícita de Thaís Coutinho em favor da secretária, na tentativa de deslegitimar o que o vereador dizia.
Quem não sabe também da indignação manifesta dos professores da rede pública municipal? O sindicato tem mostrado seu posicionamento através de paralisações e protestos. Na quarta, dia 24, eles resolveram ocupar a Câmara dos Vereadores.
Quem passou por lá viu que os professores ocuparam a casa o dia inteiro, e à noite, quando deveria acontecer a sessão da Câmara, só quem compareceu ao local foram Ricardo Marques e Leonardo Barata.
Quem sabe qual preço Léo pode estar pagando por ter tido a boca grande de ir contra as vontades superiores? Talvez não esteja mais sendo recebido pelo prefeito, ou esteja tendo seus pedidos negados. Será que o orçamento do Fogaréu, evento o qual o vereador encabeça, sofreu algum prejuízo?
Não sei se isso realmente aconteceu, mas se os gastos do Fogaréu tiverem sido prejudicados devido à indisciplina do vereador, que preferiu não continuar de boca fechada, isso além de vergonhoso é injusto, posto que a procissão é um evento tradicional da cidade, em que várias pessoas além de Barata estão envolvidas.
Não estou tentando puxar a sardinha para o prato de ninguém, no entanto, é inevitável não notar a ausência dos demais vereadores na Câmara durante a manifestação dos professores, sem contar no escancarado gelo que Léo Barata tem tomado devido ao fato de ter a “boca muito grande”.

Thania Klycia.  

Fogaréu em Caxias


A procissão do Fogaréu já se tornou evento tradicional na cidade de Caxias-MA. Há sete anos vem sendo realizada com êxito pelos seus organizadores. Tem atraído cada vez um maior número de espectadores e se tornado expressão do calendário religioso local.
Os últimos preparativos estão em andamento. O adro da Catedral recebe os atores durante a noite, para os ensaios. O grupo tem se esforçado, apesar da pouca verba de que dispõem para confeccionar figurinos e outros elementos essenciais à sua realização – o que não deixa de ser uma vergonha para Caxias que um evento que já se tornou tradição, que atrai inclusive pessoas de outros municípios, tenha que correr atrás de patrocínios de terceiros, quando se tem as instituições que deveriam colaborar de maneira decente para que o evento aconteça com qualidade.
Do mais, espera-se que se consiga sucesso na produção do evento. No que depende da organização, tenho visto seu empenho. A ausência de valorização das produções locais não é nenhuma novidade em Caxias, mas espera-se que os esforços pessoais sejam suficientes para suprir as carências que infelizmente a cidade oferece.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Apenas os corajosos


Emitir uma opinião é algo que requer coragem. Seja uma opinião negativa ou positiva, um posicionamento acerca de determinado assunto sempre possui algum peso. Quem lê ou ouve o que se tem a dizer concorda ou discorda, e disso depende também a aceitação de quem se posiciona.
            É bem mais fácil, mais cômodo e mais apropriado atualmente, guardar as opiniões para si próprio, já que o mundo se tornou tão relativo que cada um pode ter a sua própria “verdade”. No entanto, quando alguém diz ou escreve algo em que fiquem definidos pontos de vista, isso implica um certo comprometimento.
            Na sociedade contemporânea, ao que parece, uma boa parte das pessoas tem medo de se comprometer. Não dizem o que pensam porque isso pode lhes custar alguma justificativa. E essa sensação ao que consta, não atinge só o meio intelectual. As pessoas têm medo até de se comprometer umas com as outras.
            Os relacionamentos afetivos estão cada vez mais descomprometidos. São poucas as pessoas que querem se importar com quem lhes rodeia. As amizades, os amores são efêmeros. Compromisso é algo que ficou apenas para os discursos profissionais.
            São poucos os indivíduos que optam por não olhar o mundo de cima de uma nuvem, vendo tudo por cima sem tentar interferir em nada. Isso demonstra uma certa apatia. É mais confortável estar de fora do que entregar a face para levar as pancadas que lhe são devidas. É bem melhor aceitar tudo do modo como já está. Se eu posso comprar fast-food, no ponto de comer, por que criaria uma receita nova para me alimentar?
            Não digo que seja necessário erguer bandeiras, não tem por que os extremos, todavia quem tiver opiniões importantes, deve se comprometer com elas, mesmo que no futuro mudem de opinião. O que se tem para dizer deve ser dito e se for preciso, pode ser justificado sem parecer um pecado mortal.
            Há quem ache que emitir opiniões seja tarefa muito fácil, mas, ao que tudo indica é algo que ficou apenas para os corajosos, aqueles que são capazes de expor a si mesmos e o que pensam.
Thania Klycia