quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Bobagens à parte

A paisagem cultural em Caxias tem se mostrado frutífera nos últimos tempos. Além das produções executadas por antigos e novos talentos, estão surgindo também pessoas interessadas em analisar o que se tem realizado na apelidada “Princesa do Sertão”.
            Desde a sua concepção, a Causthica Revista Cultural tinha como objetivo a exposição de pontos de vista, de trabalhos acadêmicos, enfim, de mostrar à população em geral ideias e projetos que, por falta de um meio de transmissão, ficavam restritos ao conhecimento de poucas pessoas.
            Quando a Causthica se propôs a criticar as produções culturais da cidade, não intentava criar ciúmes, disputas ou julgamentos arbitrários. As análises e os interesses pessoais dos escritores não se misturavam e não se misturam.
            Recentemente, o meio artístico caxiense viu-se movimentado pela suposta criação de uma polêmica, envolvendo a Causthica e uma crítica sem rosto, chamada Sarah Reis (leia a crítica em www.sarahreiscritica.blogspot.com ). Por um lado, fico alegre que outras pessoas se interessem por escrever textos críticos. No entanto, entristeço-me verdadeiramente por ver que essa pessoa em particular não mostra sua identidade e seu texto tenta desmoralizar indivíduos com argumentos infantis e mal elaborados, sem nenhuma fundamentação, beirando (?) mesmo a baixaria.
            As ofensas não merecem réplica de minha parte, até porque não faz sentido pra mim, discutir com alguém sem rosto. Todavia, li um texto que muito me surpreendeu, devido à pouca idade de seu autor. Em resposta às acusações imaturas e ressentidas da crítica sem identidade, o jovem ator Bispo Jr. escreveu um longo texto, repleto de uma ironia debochada, em que ele contra-argumenta a “Crítica aos críticos” (veja o texto em www.issoemeda.blogspot.com ).
            Não era minha intenção gerar polêmica com um texto tão simplório como o que escrevi sobre a peça “Maria, Simplesmente Maria”. Mas, enfim, ao que tudo indica, fui mal interpretada. Meus critérios estéticos nada tem a ver com meu gosto pessoal – e quando falo em estética, não estou me referindo às pessoas que malham e fazem dietas, que fique bem claro, para que não haja confusão, como quanto ao conceito de linearidade que utilizei em outro texto. Meu compromisso é com a arte, com a qualidade do que está sendo empurrado nas gargantas das pessoas. E, tendo em vista esse objetivo, jamais seria tão ingênua ao ponto de permitir que minha vida pessoal interferisse nisso. Desde já, para quem não me conhece, esclareço que meu gosto é eclético e eu aprecio aquilo que é bom, independente do estilo.
            Para finalizar, parabenizo ambas as iniciativas, tanto de Sarah Reis (ou seja qual for seu nome) como a de Bispo Jr. e espero que eu não continue falando sozinha novamente, que os críticos mostrem seus textos e suas faces.
Thania Klycia.

2 comentários:

  1. PARABÉNS!MAS UMA VEZ,VOCÊ ME SUPREENDE COM TEXTO,MADURO,SIMPLES E DIRETO,SEM MEIAS PALAVRAS,e ARGUMENTOS INFANTIS DE ORGULHO FERIDO..E CONCORDO PLENAMENTE COM VOCÊ QUANDO FALAR DA IMPORTANCIA DE SE TER NOVOS CRITICOS,pois a arte é um instrumento de percepção pra humanidade,é uma forma diferente de vê o mundo...e cada pessoa tem sua maneira particular de vê as coisas,mas a arte é feita pra nos tirar do mundo alienado em vivemos é um despertar pra verdade através do belo,do mágico...então devemos sim ouvir os outroa mas também devemos lutar sempre pelo melhor,ou seja pelo direito de poder fazer melhor.." E QUEM VENHA MUITOS ESPETACULOS E MUITOS CRITICOS"..termino minhas considerações com um texto de stnislavski.."O ATOR DEVE TRABALHAR A VIDA INTEIRA ,CULTIVAR SEU ESPIRÍTO,TREINAR SISTEMATICAMENTE OS SEUS DONS,DESENVOLVER SEU CARÁTER;JAMAIS DEVERÁ SE DESPERAR E NUNCA RENUNCIAR A ESTE OBJETIVO:AMAR A ARTE COM TODAS AS SUAS FORÇAS E AMÁ-LA SE EGOÍSMO"

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  2. eh isso aê galerinha... [musica triunfante] >>Bispo Júnior<< Valeus....

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