O escritor percorre muitos caminhos na sua imaginação, até chegar a conseguir expressar com perfeita exatidão as imagens e sensações por ele criadas.
Respondendo a perguntas que dizem respeito ao processo de criação artística, indivíduos como William Faulkner, Georges Simenon, François Mauriac, entre outros, explicaram os elementos que os impulsionam ao ato da escrita, revelando assim, de certa forma, a alma do artista que há em cada um deles.
Não se pode generalizar quando se trata de grandes mentes criadoras, mas existem alguns critérios que costumam ser comuns entre aqueles que se empenham em expressar-se através da arte.
Antes de tudo, o artista é um sujeito que vive como todas as outras pessoas que existem, no entanto, há algo na sua percepção que o difere dos demais, fazendo-o notar e abstrair traços da própria vida humana e ser capaz de exteriorizá-la de maneira que possa ser percebida pelos outros indivíduos.
Uma das características que costuma ser recorrente em escritores que procuram pensar analiticamente sobre o que fazem, é que o produto do seu trabalho, ou seja, a sua obra literária, é feito por eles para eles mesmos. Se existe um público de leitores, isso é mera consequência. O artista se expressa através de sua arte devido à necessidade de uma satisfação própria.
Às vezes uma história nasce de algo que se ouviu casualmente, ao caminhar pelas ruas, ou de uma cena presenciada cotidianamente. O escritor busca tanto elementos da vida concreta como as sensações que esta vida provoca, misturando tudo e temperando com uma imaginação sensível, para ver nascer um trabalho literário.
O artista, ainda que seja movido pela intuição e pelo instinto, deve aprender a pensar, racionalizar e respeitar sua arte.